O que eu aprendi ao não dar chupeta para minha filha

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Um dos posts mais lidos desse blog é o que falo sobre a minha escolha por não dar chupeta para minha filha (aqui o link). Hit total, mais de 2 pessoas viram…hahaha. Na época, somente um único breve segundo pensei se não estava sendo radical demais com a coitada da chupeta. Mas foi um momento absolutamente vulnerável do meu ser: uma mãe com um recém-nascido, demandando o tempo todo. Eu, absolutamente esgotada, confusa e perdida. Em todas as outras horas, sempre tive segurança e que fiz o certo. Hoje, quatro anos depois, tenho orgulho de ter sido firme e bastante certeza de que a chupeta não fez a menor das faltas na nossa vida e mais: sua ausência foi benéfica, por uma série de motivos. É sobre isso que vou falar hoje. Continuar lendo

Crianças criadas por apenas um dos pais são mais satisfeitas com a vida, diz estudo

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De vez em quando, aparecem umas pesquisas do tipo “eu já sabia”, mas eu fico felizona de estar certa em algo, e ter embasamento científico a respeito. Quem não gosta de ter a amiga Ciência ao lado, não é? Pois então, recentemente, saiu um estudo bem bacana mostrando que crianças criadas em lares monoparentais, ou seja, que contam apenas com um dos pais, não sofrem nenhum tipo de prejuízo no desenvolvimento, e mais, podem ser bem beneficiadas. É sobre isso que vou falar no post de hoje. Prometo que vai ser curtinho (vou tentar). Continuar lendo

A fase dos porquês

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Vou começar com um pedido de desculpas. Ando meio sumida, nada orgulhosa das minhas postagens escassas aqui no blog. De novo, mil perdões. É que eu estava respondendo as 300 perguntas da minha filha sobre tudo que existe no universo, e aí não deu tempo. Sério, parei de arrumar a casa, comer e tomar banho, pois as indagações dela não acabam nunca…haha. Certo exagero à parte, as questões de Valentina são uma multidão mesmo. E é sobre isso que vou falar. Se você é mãe, pai ou tem criança pequena em casa, deve ficar aflito também com tantas perguntas. Chega uma fase em que os nossos lindos bebês viram uma metralhadora de interrogações. Mas por que, por volta dos 3, 4 anos as crianças perguntam tanto?

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O mundo de faz-de-conta das crianças (e o que a gente tem a aprender com ele)

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A gente percebe que os nossos filhos estão crescendo quando deixamos de ser “úteis” em situações que antes éramos “imprescindíveis”, como vestir uma peça de roupa, por exemplo. Outra das coisas que as crianças vão aprendendo a fazer sozinhas é brincar. Eu não percebi em que momento que a Valentina começou a me “expulsar” das brincadeiras. Um dia, no entanto, achei bem sintomático, foi quando percebi ali mais uma prova de que ela está crescendo rápido demais, como já disse aqui. Continuar lendo

O menino do cabelo vermelho (ou os papos incríveis que temos com as crianças)

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Um dia, minha filha, durante o banho começou a olhar para um boneco que ela tem, dizendo que era parecido com um desenho. 

— Mãe, parece aquele desenho lá!

E eu:

— Ah, é? Qual desenho!?

— Aquele lá, mãe.

— Não sei qual, filha. Me conta. 

— Sabe, mãe. Aquele lá.

E eu, vendo que o papo não estava evoluindo, e que ela ia ficar parada na mesma frase, achando que eu tenho poderes sobrenaturais de ver coisas que, na verdade, não vi, tentei buscar mais pistas:

— Você viu na escola?

— É, mãe. Aquele lá, que tem o menino do cabelo vermelho…

Eu pensei: hum, menino do cabelo vermelho. Deixa eu lembrar dos desenhos que já vi durante os meus 33 anos de existência e que tinham um menino do cabelo vermelho. Continuar lendo

Vamos falar sobre castigo?

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Há algum tempo, quando Valentina era um lindo bebê cheiroso e fofinho, eu não conseguia entender como tinha gente que perdia paciência com crianças. “Mas, gente, esses seres lindos e graciosos, como alguém pode gritar com eles?”, dizia eu do alto da minha ingenuidade completa de mãe de primeira viagem. Acontece que o tempo foi passando, minha filha foi crescendo, e eu fui entrando no universo das mães-atormentadas-que-não-sabem-o-que-fazer-em-alguns-momentos. Não queira você conhecer esse lugar, é bem desconfortável e meio desesperador. 

Sim, crianças tiram a paciência dos adultos, principalmente se o adulto em questão for a mãe delas. Por volta dos 2, 3 anos, elas começam a se enxergar como pessoas, dotadas de vontades e um milhão de perguntas por hora. De vez em quando, entram em uma espécie de curto-circuito e fazem o contrário do que a mãe pede, enquanto puxam o rabo do cachorro e derrubam a toalha da mesa. Tudo isso regado a um choro de 500 decibéis.

Nessas horas, em que nada adianta, é a hora do castigo. Pelo menos, aqui em casa. Mas vou falar uma coisa para você: castigo não funciona! E eu cheguei a essa brilhante conclusão depois de alguma experiência como mãe de uma menina de 3 anos.

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Crianças crescem rápido demais

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Um dia, eu me dei conta de que ela está crescendo rápido demais. Se antes cabia, confortável, no meu colo, hoje, as pernas grandes demais,  ficam pendendo, quase a tocar as minhas, quando eu ainda insisto em carregá-la comigo. Só quem convive com crianças sabe mensurar a agilidade do tempo. Um dia a gente acorda e nossos filhos já estão nos olhando de baixo para cima, porque a altura já não permite que pareçamos tão grandes quanto eles pensavam que éramos, anos atrás.  Continuar lendo

A criança que morde: por que acontece e o que fazer?

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Um dia recebi uma mensagem de uma das professoras da Valentina: Sua filha levou uma mordida de um coleguinha, mas já conversamos com ele, e a acalmamos. Também passamos uma pomada no local da mordida. Eu estava no metrô e lembro que só pensei algo como “Cedo ou tarde isso ia acontecer”. Perguntei para a professora como a Valentina reagiu e agradeci o cuidado em avisar. Quando minha filha chegou em casa, conversamos sobre e eu vi a tal da marca. Algum tempo depois, vi o “autor” da mordida, um menininho até menor que a Valentina, de cabelo grande amarrado. Eu até brinquei com ele: “Você mordeu minha menina, né?”. E ele, alheio a tudo, saiu saltitando, nem ligou para mim.

O fato acima aconteceu faz tempo, a Valentina tinha entrado há pouco tempo na escolinha. De lá para cá acho que aconteceu mais uma vez, com outra criança como “autora” da mordida, e sempre pelo mesmo motivo: disputa por brinquedo. Porém só fui ler a respeito quando o quadro se inverteu: e a “autora” da mordida passou a ser minha filha. Só aconteceu uma vez. Uma única ocasião que ela tascou o dentão no colega. A professora me avisou, disse que conversou com ela, colocou no “cantinho do pensamento”, mesmo procedimento de sempre. Eu – assim que Valentina chegou – tentei um diálogo com ela, mas minha pequena parecia envergonhadíssima, não quis conversa por bastante tempo. Depois, conversamos. Expliquei que não podia, que machucava e tudo mais. E vou te falar que doeu mais quando ela mordeu alguém, do que quando foi mordida.

Esse início de post longo demais é para avisar que o tema de hoje é esse mesmo: mordida. Se você tem uma criança em casa, ou já passou por isso ou vai passar. Sinto muito. Acontece nas melhores famílias…rs. Continuar lendo

É mais difícil cuidar de bebês ou de crianças pequenas?

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Quando Valentina era bebezita eu ficava imaginando como seria quando ela crescesse um pouco, quando deixasse de ser bebê e virasse criança. Imaginava como seria a voz dela, a personalidade, as manias e medos. Também ficava especulando se teria mais dificuldade ou mais facilidade no trato com ela, tendo em vista que bebês são seres lindos e angelicais, mas dão um trabalho sobre-humano. Hoje, com ela já grandinha, do alto dos seus 3 anos e meio, consigo comparar as duas fases. 

Ledo engano de quem pensa que criança pequena dá MENOS trabalho que bebê. Tem lá suas vantagens, óbvio, mas se for fazer um duelo aí de quem sobrecarrega mais a criatura pobre mãe eu diria que a criança pequena ganha com folga. Ora, mas por quê? – você pode estar se perguntando. E eu respondo isso tudo agora nesse post, fazendo essa análise criteriosa dos prós e contras de cada etapa. A ideia aqui não é desestimular mães de bebês, que, eu sei, seguem exaustas pensando quando é que melhora…rs Continuar lendo

Dermatite atópica – 3 anos depois (como está a pele da minha filha atualmente)

Foto de Cintia Ferreira

A descoberta sobre a dermatite atópica chegou no primeiro ano de vida da minha filha. Na época, eu era uma mãe aflita em busca de respostas. Não à toa, lia muito sobre o tema, os depoimento de quem também passava por isso, e, principalmente, buscava uma solução que fizesse a Valentina parar de sofrer com tanta coceira. Só quem convive com a DA (para os não íntimos, é a sigla de Dermatite Atópica) sabe o quanto essa doença pode ser angustiante. E o quanto a gente se sente meio impotente por não conseguir resolver o problema. Hoje estou aqui para contar como a minha pequena está três anos depois do diagnóstico. Continuar lendo